O respeito, ou melhor, a falta dele.
Em uma palestra o Mário Sérgio Cortella diz que em seu local de trabalho há uma pessoa que ele detesta e isto é recíproco. Como ele mesmo diz, “ele é irritante”. Quando Mário Sérgio, por exemplo, faz um texto ou livro de sua autoria, esta pessoa que ele não gosta logo critica uma parte. E qual a primeira atitude de Mário perante esta crítica? Xingá-lo? Agredi-lo? Denegrir sua imagem? Não, reler a parte que ele criticou e ver o que possa ter de errado... Como Mário Sérgio diz: “Nós não nos gostamos, mas nos respeitamos. Você não precisa gostar de tudo mundo, basta respeitá-lo”. Ou seja, de certa forma os dois se ajudam em seu objetivo comum, filosofia e a educação.
O que falta nas doutrinas, nas escolas, nas religiões, nos grupos sociais e etc. é justamente não repassar o que é respeito e sua importância. Nestes grupos o que mais encontramos são definições próprias e engessadas de como você deve pensar ou ser e ponto final. Comunistas, têm aversão à capitalistas. Evangélicos, têm aversão à outros religiosos. Skatistas, têm aversão ao “pessoa da bike”. B-boys têm aversão aos “shuffles”. Roqueiros à forrozeiros. E tudo isso recíproco...
Nesses mesmos exemplos, se estas mesmas pessoas de pensamentos engessados soubessem respeitar, veriam que o capitalismo por si só não é maléfico, que o poder estatal por si só não é maléfico, que outras crenças também cultuam algum deus ou até mesmo seu próprio deus, que skate e bike são excelente esportes radicais (Senão os melhores), que b-boys e “shuflles” podem se unir e fazerem shows em um mesmo evento, afinal, os equipamentos de som, palco e etc são os mesmos, que tanto no roque quanto no forró existem letras idiotas e sem sentido, assim como o contrário. Deveríamos perceber que o problema na verdade, são pessoas com sua falta de respeito...
Por isso, repetindo o que o Mário Sérgio Cortella diz: “Você não precisa gostar de tudo mundo, basta respeitá-lo”.
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