Não!!! Vivemos em um país cheio de desigualdade, de injustiças, de autoritarismo, de muita subserviência, com muita exploração de trabalho, exploração de pessoas e isso tudo se sustenta nos ombros dos subservientes! Como o próprio Martin Luther King já dizia: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Ora, as pessoas nocivas não são maioria neste mundo, as pessoas comuns e que se calam perante estas, sim, são a maioria neste mundo. Lembremos que só uma pessoa nociva pode prejudicar centenas de outras pessoas, todos os dias.
Um presidente não luta na guerra, como a banda System of a Down diz, “eles mandam sempre os pobres”. Por isso, um mínimo de esforço e ajuda mútua dessas pessoas comuns, detonaria uma parte exagerada destas injustiças que aqui andam livres e sem barreiras...
Clamamos muito por justiça nas nossas conversas diárias familiares, pessoais, religiosas, nas mídias sociais, nos e-mails, nos blogs, nos sites e etc., mas o que estamos fazendo para mudar este quadro? Clamamos por justiça quando necessitamos utilizar um hospital, posto de saúde, vias urbanas, trafegar pelo trânsito, serviços telefônicos, serviços de internet, serviços de cartões de crédito, serviços de bancos, quando pagamos contas altíssimas em diversos serviços ou produtos, quando se cai a ficha da corrupção brasileira, do desvio de verbas e etc. Mas você já parou para pensar quem é o grande alicerce de toda essa injustiça? Você leitor, pode ser um em parcial...
Não entende o mínimo do que está escrito no seu contracheque todo o mês? Recebe um salário inferior ao que você faz e não reclama? Recebe valores fora da carteira de trabalho e não reclama? Tem medo de falar com o seu próprio chefe? Tem descontos no seu contracheque e não se interessa em saber o porquê? Paga taxas que a própria empresa lhe impõe? Paga toda essa massa pesada de impostos e não se mobiliza em nada? Não procura ler e entender uma lei sequer favorável a você mesmo? Este tipo de pessoa que responde a “sim” para essas perguntas fazem parte de todas essas injustiças que assolam este país.
A injustiça no Brasil (E no mundo...) é algo complexo. E como todo “algo complexo” é formado pela soma de diversos outros componentes, que separadamente são irrisórios, com a injustiça brasileira também não poderia ser diferente. Vide o próprio mundo, no fim das contas, é formado pela soma de “grãos de areia” e “gotas d’água”...
No caso dos componentes irrisórios que formam esta camada grotesca da injustiça brasileira, temos desde pequenos hábitos pessoais ao total despreparo e desrespeito de quem busca fazer a justiça. Quem busca e ainda acredita na organização por meios legais, ou seja, quem não quer voltar para os tempos pré-históricos ou do faroeste, resolvendo tudo na base do tiro e da agressão, são muitas vezes chamados de pessoas “encrenqueiras/briguentas”, e pior, pela própria massa...
Muitas pessoas clamam por justiça trabalhista, mas não ajudam nem o companheiro de trabalho, quando este está sendo injustiçado descaradamente pela própria empresa. Muitos clamam por justiças sociais, mas estudam e lutam para ocuparem uma vaga pública, só para não ter que fazer nada. Muitos clamam por justiças prioritárias, mas usam de amizades pessoais para passar à frente de outras pessoas comuns. Muitas pessoas clamam, e clamam muito...
Como se não bastasse esse clamor por justiça com toda a sua carga demagoga e atitudes zero, as pessoas que buscam por seus direitos geralmente são metralhadas pela parede da ignorância de outras pessoas comuns: “Isso é perca de tempo”, “Você não vai ganhar nada”, “O patrão é poderoso, você não encontrará outro emprego”, “Você não vai conseguir” e por aí vai... Ao invés destas se juntarem e apoiarem em tudo que for necessário para a queda de empresas e pessoas nocivas, elas se acomodam em seus cargos, em suas casas, em seus pequenos bens e se escondem atrás da porta com muito medo e muito tremelique nas pernas...
Por isso, para estes que estão saindo atrás da porta e seguraram os tremeliques nas pernas, sigam em frente e não desistam. Fiscalizem, processem, lutem e não desistam. Não perdoem, não esqueçam, nós somos a maioria e esperem por nós.
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